Wednesday, February 16, 2005

Uma porta

Saí sem bater a porta.
Digo: Saí sem bater a porta...

Ou seja, a porta não bateu! Foi devagarinho que a fechei. Pelo puxador, e não pela laterar dando balanço com o braço e esperando que um qualquer som violento se fizesse manifestar. Foi assim como que um último carinho em algo (e não em alguém). Algo que tivesse ficado por fazer do outro lado.

Num clíque. De frente para a porta, para o presente. E não de costas, para o passado. Senti-lhe o toque ainda: Familiar, mas fria. Testemunha de bons momentos. Ponto de passagem de muitos dias felizes. De muitas noites em branco. De muitas tardes de risos. De tristezas. De choros também. De assombros de medo. De prespectivas. De frustrações. Mas sempre de esperanças. E muito amor; E atestei e pesei a relevância do acto. Mas segui em frente. Fui embora como tinha de ser.

Hoje ainda penso nesse momento de reflexão... a desvantagem de não bater com portas é que não sabemos se ficaram fechadas...

Esta pode muito bem ainda estar encostada!

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