Monday, May 02, 2005

Três Dias Depois

Só te respondi quase três dias depois, assim, a seco - Não, não sou ciúmento - Quase como se estivesse a falar sozinho; A meditar; Frase descontida que me foge da boca para fora; Pensamento rebelde que insiste em se manter assim.

Do teu lado uma interjeição. Outra coisa não seria de esperar, afinal, ali, no meio da multidão do Centro Comercial, estavamos muito longe do confessionário que costuma ser o nosso quarto, a nossa cama, a nossa íntimidade. - À tua pergunta... da outra vez! É a resposta - Disse.

Silêncio, de ambos. Facções de uma mesma frase. De uma mesma ideia. Ficaste ali a cozinhar o que tinhas ouvido; A contextualizar a pergunta. Talvez para retomares a linha de raciocínio de há três dias atrás... aquela que eu tinha sido capaz de evitar já nem sei bem como!

- Mas... - retomei sabendo como a vida é traiçoeira e sabida. Com vontade de pregar partidas e criar obstáculos para deleite próprio: Jogo de estímulos/resposta a que alguns chamam destino. E também consciente, acrescentei - por ti abro uma excepção! - E sorri, depois de te afastar o cabelo com um dedo e depositar um beijo na testa.

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